Há três meses, 30 índios que viviam na reserva do Votouro, em Benjamin Constant do Sul, no Norte do Rio Grande do Sul, estão acampados em o fundo, na sede da Fundaçao Nacional do Índio (Funai). O grupo aguarda segurança para poder voltar para casa.
Na quinta-feira (2), a Polícia Federal prendeu quatro pessoas. O objetivo da ação era cumprir 14 mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão na reserva. A investigação federal diz respeito aos dois homicídios, além de outros crimes praticados por líderes indígenas.
Os constantes conflitos na aldeia, a morte de um indígena e depois o assassinato do sobrinho do prefeito motivaram a saída do grupo. "A situação é essa que todo mundo sabe. Nós estamos ando necessidade, mas vamos levando. Por enquanto, nós não temos lugar certo, nós vamos permanecer aqui, porque aqui é o único lugar que nós temos segurança", disse o representante do grupo, Edimar de Oliveira Pires.
A Funai disse que fez várias tentativas de acordo com o grupo, todas sem sucesso. A única saída foi solicitar a reintegração de posse.
"Já foram feitas diversas tentativas de colocação dessas pessoas em outras áreas indígenas. Cerca de seis áreas se dispam a recebê-los, mas eles também não aceitaram. De fato, aqui não é o local adequado para eles permanecer, não tem mais como permanecer aqui", explica Rafael Ávila, coodenador Regional Substituto da Funai.
Mesmo com decisão favorável ao órgão, eles firmaram um acordo e os índios tiveram permissão para ocupar o prédio por mais 30 dias. O prazo para os indígenas desocuparem o prédio da Funai termina na próxima quinta-feira (9). Enquanto aguardam uma solução para o ime, as famílias pretendem continuar na sede do órgão.
"Nós estamos esperando a prisão dos envolvidos. Se eles forem pegos o nosso interesse é voltar para reserva, porque nós somos natural daquela reserva. Nós saimos de lá injustiçados, porque se nós tivesse alguma coisa errada, nós não tava procurando justiça", disse Edimar.
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